Uma das questões mais delicadas quando se trata de transplantes é o conceito de Morte Encefálica. A humanidade sempre associou a morte à perda definitiva das funções respiratória e cardíaca. A Morte Encefálica é um conceito novo. Ela se dá quando há falência total de todo o encéfalo mais o tronco encefálico e implica em um encéfalo morto e um coração vivo. É nesse curto período de tempo entro o diagnóstico de Morte Cerebral e antes da parada cárdio respiratória que as famílias devem decidir pela doação e as equipes médicas retirarem os órgãos doados para transplantes.
Sobre o que expus acima quero fazer uma breve reflexão. Nos casos de doação de córneas, o doador está com o coração parado, em geral no necrotério ou IML e os familiares não teem nenhuma dúvida de que o indivíduo está morto. Daí que em muitos lugares, inclusive em vários estados brasileiros não existe mais fila para espera por um transplante de córnea. Mas, para órgãos sólidos, que dependem de um doador em ME a espera por um transplante é longa e nem sempre se consegue o transplante.
Imagine a seguinte situação: Um jovem sofreu um acidente de moto e, no hospital, após os exames obrigatórios para o caso, o médico comunica aos pais que seu filho está com Morte Cerebral. Os pais chegam perto do filho, sente o corpo aquecido e o vê com movimentos respiratórios. Como aceitar, naquele momento, que seu filho está morto sem que eles tenham conhecimento do que é Morte Cerebral?
Para mim há que ter um esclarecimento urgente e em linguagem acessível à maioria sobre o que seja e como se dá a Morte Cerebral se quisermos aumentar o número de doadores de órgãos para transplante.
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Parabéns pela iniciativa. O que precisamos realmente é usar todos os recursos disponíveis para esclarecer as pessoas e mudar a triste situação de tantos que estão precisando de um transplante. Sucesso!
ResponderExcluirEmília