Começamos a trabalhar juntos em maio de 2000. Sua competência, seu comprometimento e responsabilidade com tudo que envolvia a Central de transplantes , sua cultura e brilhantismo na defesa de suas idéias me fez sua admiradora mesmo quando divergíamos.
Desejo Dr. Walbert - e sei que também os colegas que tiveram oportunidade de trabalhar com você-, felicidades e muita saude para gozar nessa nova etapa de sua vida.
domingo, 6 de junho de 2010
SOBRE DR. WALBERT
Começamos a trabalhar juntos em maio de 2000. Sua competência, seu comprometimento e responsabilidade
quinta-feira, 3 de junho de 2010
DEPOIMENTO DE DE. WALBERT CARVALHO SOBRE A CENTRAL DE TRANSPLANTES DE SERGIPE
O médico Walbert Martins de Carvalho foi o primeiro coordenador da Central de transplantes de Sergipe. No início deste ano ele se aposentou do serviço público e por isso pedimos que ele nos desse um depoimento sobre a sua passagem pela CNCDO/SE. Depoimento esse que transcrevemos a seguir.
"A central de Transplantes, para mim, no início foi um desafio, pois eu não tinha familiaridade com o tema, não tinha experiência nenhuma. Fui convocado pela Secretária de Estado da Saude e começamos a fazer isso lá pelo ano 2000. E, do papel, de uma folha que me colocava como Coordenador da Central de Transplantes, a gente começou a construir um time, construir uma equipe e fazer toda a infraestrutura da Central, que é uma estrutura bastante complexa.
A Central de transplantes trabalha, lida, evidentemente, com transplante, que é o topo da complexidade, da pirâmide de complexidade da medicina.
E desse desafio inicial, que eu imaginava fosse muito curto, porque eu imaginava que apenas iria montar a Central, terminou me prendendo, me entusiasmando, eu fui me interessando. A atividade de transplante ela é fascinante. É você pegar aquele paciente que está numa fase em que não tem mais o que a medicina oferecer a ele, a medicina já declara sua incapacidade de curar esse paciente e aí, nesse ponto, a sociedade oferece um órgão novo a esse paciente através de uma doação. Como não existe como consertar aquele órgão doente, a Central de Transplantes, a equipe de transplante, a sociedade como doadora, esse verdadeiro mutirão que é feito, oferece um órgão novo e uma vida nova a esse paciente. Isso é uma coisa extremamente gratificante.
Para mim foi um aprendizado muito importante, foi uma época que eu aprendi muita coisa não só em termos técnicos mas também em humanismo, em socialização, em sociabilização de lidar com as pessoas, com a dor das pessoas porque você, na Central de Transplantes, no dia a dia, você se acostuma a lidar com a dor e a alegria: a dor de quem vai doar um órgão, que perdeu um ente querido e a alegria de você proporcionar a um paciente, uma recuperação. Esses dois extremos que são o dia a dia da Central, a gente só encontra isso no setor de transplantes. É uma coisa realmente única e fascinante. Eu acho que o transplante é uma área que ainda não está sendo entendida e priorizada pela sociedade apesar de alguns dirigentes, gestores, já tentarem priorizar, mas a gente esbarra na falta de entendimento da sociedade como um todo.
Para o leigo, até hoje, é difícil lidar com a doação de órgãos. Existe muito preconceito, muita falta de esclarecimento e, nesse sentido, o mais importante é exatamente esclarecer, é mostrar serviço, é divulgar para as pessoas entenderem que aquele órgão que será jogado fora pode representar a recuperação, a vida normal de outro ser humano.
A minha experieência com a Central eu resumiria dizendo que foi extremamente positiva e só não foi mais positiva porque eu gostaria de ter feito mais; gostaria de ter conseguido mais. Mas as dificuldades não foram poucas e, apesar da equipe que nós conseguimos, uma equipe muito boa que parcialmente continua até hoje trabalhando, uma equipe extremamente compromissada, comprometida, apesar disso não conseguimos mais por conta dessa falta de entendimento, de esclarecimento da sociedade."
sábado, 15 de maio de 2010
FALANDO EM TRANSPLANTES ...
Uma das questões mais delicadas quando se trata de transplantes é o conceito de Morte Encefálica. A humanidade sempre associou a morte à perda definitiva das funções respiratória e cardíaca. A Morte Encefálica é um conceito novo. Ela se dá quando há falência total de todo o encéfalo mais o tronco encefálico e implica em um encéfalo morto e um coração vivo. É nesse curto período de tempo entro o diagnóstico de Morte Cerebral e antes da parada cárdio respiratória que as famílias devem decidir pela doação e as equipes médicas retirarem os órgãos doados para transplantes.
Sobre o que expus acima quero fazer uma breve reflexão. Nos casos de doação de córneas, o doador está com o coração parado, em geral no necrotério ou IML e os familiares não teem nenhuma dúvida de que o indivíduo está morto. Daí que em muitos lugares, inclusive em vários estados brasileiros não existe mais fila para espera por um transplante de córnea. Mas, para órgãos sólidos, que dependem de um doador em ME a espera por um transplante é longa e nem sempre se consegue o transplante.
Imagine a seguinte situação: Um jovem sofreu um acidente de moto e, no hospital, após os exames obrigatórios para o caso, o médico comunica aos pais que seu filho está com Morte Cerebral. Os pais chegam perto do filho, sente o corpo aquecido e o vê com movimentos respiratórios. Como aceitar, naquele momento, que seu filho está morto sem que eles tenham conhecimento do que é Morte Cerebral?
Para mim há que ter um esclarecimento urgente e em linguagem acessível à maioria sobre o que seja e como se dá a Morte Cerebral se quisermos aumentar o número de doadores de órgãos para transplante.
Sobre o que expus acima quero fazer uma breve reflexão. Nos casos de doação de córneas, o doador está com o coração parado, em geral no necrotério ou IML e os familiares não teem nenhuma dúvida de que o indivíduo está morto. Daí que em muitos lugares, inclusive em vários estados brasileiros não existe mais fila para espera por um transplante de córnea. Mas, para órgãos sólidos, que dependem de um doador em ME a espera por um transplante é longa e nem sempre se consegue o transplante.
Imagine a seguinte situação: Um jovem sofreu um acidente de moto e, no hospital, após os exames obrigatórios para o caso, o médico comunica aos pais que seu filho está com Morte Cerebral. Os pais chegam perto do filho, sente o corpo aquecido e o vê com movimentos respiratórios. Como aceitar, naquele momento, que seu filho está morto sem que eles tenham conhecimento do que é Morte Cerebral?
Para mim há que ter um esclarecimento urgente e em linguagem acessível à maioria sobre o que seja e como se dá a Morte Cerebral se quisermos aumentar o número de doadores de órgãos para transplante.
sábado, 8 de maio de 2010
SOBRE TRANSPLANTES EM SERGIPE
Hoje a Central de Transplantes de Sergipe completa 10 anos. Foram anos de muito trabalho e enfrentamento de preconceitos. O resultado são 95 transplantes de rim, 13 de tecido ósseo, 02 de coração e 585 de córneas realizados.
Os transplantes só aconteceram como fruto da participação da sociedade que confiando e acreditando doou órgãos e/ou tecidos de seus entes queridos logo após o falecimento deles. Para os doadores e seus familiares voltamos nossas orações e o reconhecimento de que sem eles os programas de transplantes não poderiam acontecer em nenhuma parte do mundo.
Nesta data tão significativa também queremos relembrar a pessoa do Sr. Rodomarques que tanto batalhou para ajudar àqueles que precisam de um transplante ou que já foram. transplantados
Hoje a Central de Transplantes de Sergipe completa 10 anos. Foram anos de muito trabalho e enfrentamento de preconceitos. O resultado são 95 transplantes de rim, 13 de tecido ósseo, 02 de coração e 585 de córneas realizados.
Os transplantes só aconteceram como fruto da participação da sociedade que confiando e acreditando doou órgãos e/ou tecidos de seus entes queridos logo após o falecimento deles. Para os doadores e seus familiares voltamos nossas orações e o reconhecimento de que sem eles os programas de transplantes não poderiam acontecer em nenhuma parte do mundo.
Nesta data tão significativa também queremos relembrar a pessoa do Sr. Rodomarques que tanto batalhou para ajudar àqueles que precisam de um transplante ou que já foram. transplantados
sábado, 10 de abril de 2010
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