sábado, 15 de maio de 2010

FALANDO EM TRANSPLANTES ...

Uma das questões mais delicadas quando se trata de transplantes é o conceito de Morte Encefálica. A humanidade sempre associou a morte à perda definitiva das funções respiratória e cardíaca. A Morte Encefálica é um conceito novo. Ela se dá quando há falência total de todo o encéfalo mais o tronco encefálico e implica em um encéfalo morto e um coração vivo. É nesse curto período de tempo entro o diagnóstico de Morte Cerebral e antes da parada cárdio respiratória que as famílias devem decidir pela doação e as equipes médicas retirarem os órgãos doados para transplantes.
Sobre o que expus acima quero fazer uma breve reflexão. Nos casos de doação de córneas, o doador está com o coração parado, em geral no necrotério ou IML e os familiares não teem nenhuma dúvida de que o indivíduo está morto. Daí que em muitos lugares, inclusive em vários estados brasileiros não existe mais fila para espera por um transplante de córnea. Mas, para órgãos sólidos, que dependem de um doador em ME a espera por um transplante é longa e nem sempre se consegue o transplante.
Imagine a seguinte situação: Um jovem sofreu um acidente de moto e, no hospital, após os exames obrigatórios para o caso, o médico comunica aos pais que seu filho está com Morte Cerebral. Os pais chegam perto do filho, sente o corpo aquecido e o vê com movimentos respiratórios. Como aceitar, naquele momento, que seu filho está morto sem que eles tenham conhecimento do que é Morte Cerebral?
Para mim há que ter um esclarecimento urgente e em linguagem acessível à maioria sobre o que seja e como se dá a Morte Cerebral se quisermos aumentar o número de doadores de órgãos para transplante.

sábado, 8 de maio de 2010

SOBRE TRANSPLANTES EM SERGIPE


Hoje a Central de Transplantes de Sergipe completa 10 anos. Foram anos de muito trabalho e enfrentamento de preconceitos. O resultado são 95 transplantes de rim, 13 de tecido ósseo, 02 de coração e 585 de córneas realizados.
Os transplantes só aconteceram como fruto da participação da sociedade que confiando e acreditando doou órgãos e/ou tecidos de seus entes queridos logo após o falecimento deles. Para os doadores e seus familiares voltamos nossas orações e o reconhecimento de que sem eles os programas de transplantes não poderiam acontecer em nenhuma parte do mundo.
Nesta data tão significativa também queremos relembrar a pessoa do Sr. Rodomarques que tanto batalhou para ajudar àqueles que precisam de um transplante ou que já foram. transplantados